Estive na última segunda-feira acompanhando a festa de
encerramento do Campeonato Alagoano. Encontrar amigos de imprensa, dirigentes
do futebol de Alagoas, jogadores, árbitros. Acho que a iniciativa que já está
consolidada fecha com brilho o campeonato alagoano. Faço apenas duas
observações que entendo como injustas. A primeira delas foi o prêmio ofertado
ao CRB. Como campeão, o clube (?) ganhou um carro 0Km. Confesso que fiquei
surpreso. O carro deveria ser entregue ao craque do campeonato. Em todos os estados,
a premiação maior é para o jogador, exceção é feita para os estados que premiam
o campeão com recurso financeiro. Em Pernambuco, por exemplo, Dênis Marques,
alagoano, atacante do Santa Cruz, levou um carro. A outra é uma situação
pessoal, uma questão de opinião.
A escolha é sempre algo contestável. Não
tivemos um grande jogador na competição. Ficamos com rendimentos mais regulares
de alguns bons jogadores. Imagino que Elyeser (CSA) e os volantes Ewerton Luiz
e Jhonnattan (CRB) poderiam muito bem ser o melhor da competição. Mas fiquei imaginando, um produto
genuinamente alagoano, sertanejo, encerrando sua carreira com a coroação de um
momento mágico. O meia Nen, com seus 40 anos, concorreu com dois garotões, Ewerton
Luiz e Elyeser. Entendo que ninguém foi mais importante para o time e mais
decisivo na campanha que Nen. Levo em consideração aspectos como idade, o time
que ele jogou e a regularidade da sua participação. Nen jogou o campeonato
todo, incluindo a fase de classificação e foi peça fundamental na surpreendente
campanha do time sertanejo. Imaginei, um alagoano, sertanejo, com uma carreira
brilhante, passagens em grandes clubes, títulos, encerrando esta vitoriosa
carreira com chave de ouro e saindo de lá consagrado e com um carro de
presente. Não foi bem assim que aconteceu. Mas fica o registro do que
poderíamos ter conseguido marcar posição em um momento final da carreira de um
belo jogador.