quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Um alerta. Um depoimento. Uma preocupação




 
Recentemente fomos todos impactados por uma tragédia. Uma família inteira assassinada, com pais policiais e o principal suspeito seria um adolescente de 13 anos. O assunto era palpitante por se tratar de policiais, os pais assassinados eram policiais em São Paulo. À medida que o assunto foi se desenvolvendo, novos fatos foram sendo incluídos e um me chamou a atenção: os games. Quando se identificou a ação extremamente violenta do garoto, relacionada com os games tive um “estalo”, uma preocupação de pai. Fui verificar os jogos que meu filho estava brincando. Para minha surpresa – eu mesmo havia comprado um deles – me deparei com um mundo que não conhecia. Quem é pai sabe que às vezes o filho insiste tanto para comprar algo, perturba tanto, que você cede, compra, sem nem saber o que é. Ao ver um dos jogos me assustei. A parte gráfica impressiona, é um mundo real assustador. Em um destes telões disponíveis no mercado e temos nas nossas residências, a coisa é ainda pior. Sangue, violência, palavrões, sexo, tudo misturado em uma bomba que empolga os adultos, imagine as crianças e os adolescentes. Jogos como Unchharted 3, GTA, Mortal Kombat, Go of  War, Call of Duty e principalmente  Assassins Credd III são extremamente violentos. Nem queria citar este tipo de situação, por ser uma coisa pessoal, mas preciso fazê-lo como um alerta para outros pais. Meu filho confidenciou que teve “pensamentos maus” durante um sonho. Ele sonhou me matando.
 
Fiquei chocado com tudo. Com a minha ausência de fiscalização, com a reação que causou ao meu filho e com a impressionante bomba de violência que somos submetidos com estes games. Claro que é preciso fazer um alerta: adultos, adolescentes e crianças jogam e não são influenciados por nada. É uma diversão. Mas também é preciso fazer um alerta para os pais que observem quais os jogos que seus filhos estão brincando, as reações deles com os colegas, se ele acaba mostrando características sombrias, de retração e explosões de violência por motivos bobos. Assim como fui surpreendido com tudo que me cercava, me sinto na obrigação de repassar este depoimento, fazendo um alerta e mostrando minha preocupação.

 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Um tributo a um mestre que aprendi a admirar


 

Sou novo no meio de imprensa esportiva. Tenho pouco mais de um ano como radialista e cerca de três anos escrevendo no meu blog. Mas desde cedo tenho um envolvimento com o futebol. Aprendi com meu pai, pratiquei, fui dirigente, fiz curso de técnico, enfim, me envolvi diretamente com o futebol. O contato com o futebol me trouxe contato com vários cronistas esportivos, entre eles com Jurandir Costa. Ele era diferente. Quando era dirigente do CSA, Jurandir me ligava antes das 7h da manhã. Sempre falava que ainda com sono, diria coisas que mais tarde não falaria. Também foi nesta época que Jurandir me apelidou de “Lonzinho”.
 

EU,JURANDIR COSTA E ELÍSIO

 Passada a fase dirigente comecei a conviver diariamente com Jurandir Costa nos dois prefixos que trabalhamos juntos. Juju era generoso, sincero e extremamente inteligente. Ao conhecer meu trabalho me disse que tinha jeito para o rádio, que parecia já estar no rádio há muito tempo e falou com satisfação de trabalhar ao meu lado. Olha só. Isso sou eu quem teria que dizer. Jurandir era querido, polêmico, engraçado, amado, odiado, mas extremamente bem informado. É duro mas hoje seu telefone não vai tocar. Não vou o ouvir dizer “me disseram”. Quis o destino que nosso último contato fosse ontem ás 20h46.
 O telefone tocou, atendi e ele me perguntou o de sempre: Marlon e aí alguma novidade? Conversamos por doze minutos, não imaginava que seria minha despedida deste mestre. E como sempre, você disse “eu soube”, “me disseram”. Nunca esquecerei o tempo ao seu lado. Obrigado, mesmo, do fundo do coração. Vai com Deus. Me disseram, mas eu já sabia: você vai fazer muita falta.