O Jogo
Futebol é um momento mágico.
Um clássico é o ápice desta magia. É o numero do circo que mais atrai a atenção
do público. Hoje tem espetáculo? – Tem! Sim senhor! CRB e CSA ainda não possuem
times confiáveis. Vivem de momentos. Tenho absoluta certeza que os dois queriam
repetir neste sábado, momentos vividos neste hexagonal. O CRB daria um doce
para repetir o primeiro tempo da partida diante do ASA no Rei Pelé. O mesmo
doce daria o CSA para repetir o tempo inicial do jogo diante do próprio CRB.
Eles praticamente foram perfeitos. O CSA não terá Marielson. Perde muito. Pela
referência no campo, pela qualidade no passe, pela assistência em momentos
decisivos. Já o CRB, talvez não tenha Denilson. Sem o “velhinho”, o CRB perde
mais. Denilson é um atacante que o futebol de Alagoas não tem. Inteligente,
forte, matador, presente. Denilson é mais decisivo que Marielson. No jogo, o
CRB tem mais necessidade da vitória que o CSA. Com um ponto a menos que o CSA,
o Galo já não depende mais dele para ser o primeiro. Mas não tenho dúvidas que
teremos um grande clássico, cheio de rivalidades e mais uma vez, como sempre,
decidido, no detalhe.
CRB
Treinos secretos, fechados a
imprensa e ao torcedor. Faz parte do jogo e o fechamento se deu mais por
orientação da direção, que propriamente pela própria comissão técnica. Mas não
há muito que mudar. O CRB tem um elenco limitado e com opões bem definidas.
Imaginei até o time poderia ter uma postura diferente, mas Ademir preferiu não
inventar. Deverá ador mesmo o 4-4-2. Se Denilson não jogar, a importância de
Paulo Sérgio aumenta ainda mais. Ele é o mais importante “assistente”
regatiano. Experiente, Minhoca também terá uma função tática decisiva. Pode
sair dos pés dele, a caminho para uma vitória.
Prós:
A bola aérea com Paulo Sérgio
é fortíssima. O toque de qualidade e o fato de estar acostumado a jogar
clássico podem fazer de Walter Minhoca uma carta decisiva nesta disputa. As
opções vindas dos suplentes fazem do CRB um time que muda a condição tática a
qualquer momento.
Contras:
Apesar de muito forte, os
homens de marcação do CRB são atabalhoados. Às vezes, usam uma força desmedida.
Schwenck, único atacante confirmado na equipe, não tem a constância necessária.
A pressão de precisar ganhar o clássico pode fazer com que o CRB mostre mais
afobação.
CSA
Pode não demonstrar confiança,
pode ter perdido seis pontos nos minutos finais dos jogos com o próprio CRB,
Corinthians e Murici, mas o CSA ainda é o time que vive o melhor momento no
hexagonal. Tem um aproveitamento superior a todos os outros e é líder, mesmo
com um jogo a menos. Quando precisou, Beto Almeida mostrou ser um grande
estrategista. O ataque do CSA está individualmente, entre os melhores do
campeonato com dois jogadores que decidem e sabem marcar gols.
Prós: Atacante rápido, fisicamente
forte e que trás muitas dificuldades para o adversário encontrarem o ponto de
marcação. A experiência de Rogerinho, Flávio e de Adalberto trazem segurança. O
ótimo momento vivido pelo volante Elyeser.
Contra: Flávio volta e poderá
sentir ritmo de jogo. Henrique e Adalberto jogam, pela primeira vez juntos pelo
CSA. Alex Henrique ainda não mostrou seu verdadeiro futebol e se não mostrar, o
CSA terá dificuldade de andar e de ter opções de mudança. A queda tática, não
acho que seja física, no segundo tempo, complica o tempo final do CSA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário