SOUZA E SUA FAMÍLIA |
Por clicRBS
Porto Alegre
Sua volta foi precipitada?
Não, o momento era propício para que eu voltasse. Seria muito complicado deixar a responsabilidade apenas para os jovens num momento tão difícil da equipe.
Como está seu condicionamento físico?
Estou quase na forma ideal. Acontece que voltei num momento complicado do time, em que não se pode errar. Cometo hoje os mesmos erros do ano passado. Só que, em 2009, o time não perdia em casa. Por isso que, às vezes, é melhor jogar fora de casa.
Às vezes, você pensa a jogada, mas falta força?
Falta um pouco de força, sim, mas é natural isso pela longa parada. Mas o scout das partidas mostra que sou o cara que mais rouba bolas e participa do jogo. Estou vendo uma melhora, apesar de pequena.
Por que o seu rendimento caiu nos últimos jogos?
As pessoas analisam o jogo em si, não aquela função de cada jogador. Hoje não jogo mais do setor do meio para a frente. Agora tenho que cobrir o Gabriel na lateral, tenho de voltar dentro da nossa área para marcar os atacantes. Eu preciso dar maior liberdade a quem está melhor do que eu.
Quem está melhor?
O Douglas. Tenho humildade para entender isso. Dou um passo atrás para que ele possa chegar à frente.
Você já havia sido vaiado?
Nunca. É duro. Mas entendo as razões da torcida.
Existe intolerância?
Nada disso. Não me escondo atrás dos problemas. Eu aceito críticas. Nunca vou fugir da minha responsabilidade. A torcida me xinga, me vaia porque me conhece, sabe da minha capacidade. Se o time estivesse em quarto ou quinto lugar, seria diferente. Mas estamos perto da zona de rebaixamento. Além disso, não jogo sozinho.
Você se sente injustiçado neste momento?
Fico chateado, mas não me sinto injustiçado. Tenho me doado ao máximo. Se sentir que prejudico o time, serei o primeiro a falar ao treinador para me tirar.
É possível tirar alguma lição do momento?
Em futebol, você aprende a cada jogo. No ano passado, fui o melhor do time. Agora, ninguém quer saber, a tolerância é menor. Mas, daqui a alguns jogos, quem hoje me vaia vai me aplaudir.
Você ficou incomodado por perder a braçadeira de capitão?
Isso não me incomoda. Foi uma honra ter sido o capitão. Mas não sou vaidoso, sou humilde.
Você quer ficar em 2011?
Meu contrato vai até 2012. Só irei embora quando ganhar um título de expressão pelo Grêmio.
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