quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pai tem e precisa participar, mas da forma correta




Quem não lembra de um comercial que dizia “não basta ser pai, tem que participar”. Isto é levado para o cotidiano dos nossos filhos. Mas para a categoria de atletas, esta realidade acaba sendo mais cobrada, o pai participa, cobra e na grande maioria dos casos, atrapalha. Normalmente, o pai transfere para o seu filho suas frustações de não ter sido um jogador de futebol ou como um ex-jogador espera que seu filho siga seus passos ou ainda observando o potencial do menino mira uma perspectiva financeira de sucesso. Alguns casos são enigmáticos. Atletas de grande peso perderam o referencial sem a presença do pai. Posso citar aqui, o caso de Lewis Hamilton. A troca do pai por um empresário do show bussines trouxe uma descontinuidade da vitoriosa carreira que estava sendo construída. Também temos o caso do futuro mega star Neymar em que seu pai coloca rédeas em uma carreira que parecia tumultuada e que ganhou um norte familiar mais forte. O caso divulgado nesta 4ª feira em relação a Fred é enigmático. Até mesmo para ser pai de uma estrela é preciso uma preparação. O pai de Fred declarou que o filho simulou uma contusão para não jogar na seleção. Fred e o Fluminense apressaram-se em “corrigir” uma pisada na bola, informando que isto não aconteceu.


 Em Alagoas temos casos de pais presentes no cotidiano do seu filho. Enio Oliveira acompanhou desde cedo a carreira de Eninho. Mas viu seu filho amadurecer, crescer e se tornar uma referência na Coréia distante de suas asas. Romell tem acompanhado mais de perto a carreira de Gustavo e existem os que dizem que o ídolo de ASA e CSA em um passado onde se tinha muita qualidade causa algumas dificuldades para a carreira do filho. Todos querem o melhor para seus pupilos, alguns não estão preparados para isso e acabam atrapalhando. Entendo que na busca de ajudar a desenvolver a potencialidade do seu filho, o pai precisa mirar um quesito fundamental no processo: a educação. O esporte irá doutrinar a criança e o jovem para a vida. Ensinar lições de sucesso e fracasso, vitórias e derrotas, alegrias e frustrações. Este ensinamento baseado em uma estrutura familiar é sucesso na certa, se não para o esporte, transformando seu “pequeno tesouro” em uma realização pessoal, mas formando um cidadão com princípios corretos e coerentes para o cotidiano.

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