O Ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, alagoano da cidade de Viçosa, protagonizou esta semana a mais bisonha
intervenção do futebol na temporada. Alegando que os clubes são entidades sem
fins lucrativos, Rebelo tentou dar uma de “papai Noel em tempo de páscoa” e
criou o samba do crioulo doido atravessado em nove notas musicais, ao solicitar
que os clubes brasileiros fossem isentados de suas dividas fiscais. O momento
de infelicidade do nosso representante no Ministério do Esporte nos causou
constrangimento e algumas perguntas. Aldo é tão ingênuo assim que chegou a
realmente acreditar que os clubes são uma entidade sem fim lucrativo? A ideia
defendida por Aldo faz parte de um grande calote dos clubes na sociedade
brasileira? Com clubes tendo lucros de quase R$ 300 milhões ao ano como um
clube deste pode não ter uma situação financeira vantajosa? A principio a
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional deu parecer negativo, mas somente a
ideia bancada por Aldo Rebelo beirou o caráter de uma grande piada. O momento
do pais em realizar competições de grande vulto e de um aspecto
prioritariamente econômico mostra que o futebol é um negócio e, portanto deve
assim ser tratado. O discurso de Aldo Rebelo foi contestado e detonado por
influentes colunistas no cenário nacional, como Renato Mauricio Prado e Tostão.
A infeliz ideia de Aldo Rebelo mostra que avançamos, criamos mecanismos de
intervenção e fiscalização, mas as nossas ideias, os nossos dirigentes
continuam os mesmos. Uma pena. Que Aldo Rebelo reveja seus posicionamentos e
que não insistam num absurdo que expõe um pensamento próximo do ridículo e da
irresponsabilidade de um homem público, referência, como Ministro de Estado na
pasta do Esporte. Nunca mais, ministro, por favor.
O ministro, assim como Dilma, aceita e sorrir ao lado do Zé das Medalhas. Não vejo da parte deles nenhuma ação contra a violência nos estádios, falta de respeito com o torcedor e o calendário desumano do futebol brasileiro.
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