Sem dúvida nenhuma o esporte em Alagoas trouxe um ano intenso.
Começamos a temporada com uma discussão insana ás vésperas de um clássico que
envolveu a vida pessoal do técnico Celso Teixera. As mensagens, que até eu
recebi, mostraram que o nível dos bastidores do nosso futebol é baixo e que
vale tudo, tudo mesmo para obter um resultado. No Alagoano 2012, de poucas
emoções, um CRB instável, mas menos ruim que os outros no primeiro turno, um
CSA sem força no primeiro turno e um ASA equilibrado, mas sem brilho. Os outros
acabaram como simples participantes. Ainda tiro o CSE que trouxe uma boa safra
de jogadores e presenteou o alagoano com a presença de Túlio Maravilha. O
segundo turno mostrou um CRB envolto em problemas internos, que culminaram com
a saída do técnico Paulo Comeli, um ASA competitivo e cirúrgico e um CSA que
entusiasmou seu torcedor, mas voltou a mostrar a ausência de força, que lhe
proporcionou uma eliminação precoce. O CRB foi campeão, dez anos após não saber
o que era um titulo, no ano do centenário, mas era corrente que o ASA era
melhor e perdeu na estratégia errada montada pelo técnico Heriberto da Cunha e
na bobagem feita por Lúcio Maranhão no primeiro jogo. Participação pífia de
Alagoas na Copa do Brasil, com eliminação na 1ª fase do Coruripe, diante do
Palmeiras e o ASA indo um pouco mais adiante. O segundo semestre “esquentou” as expectativas. O CRB
voltou a Série B e fez uma competição muito abaixo do esperado, alternando
alguns bons momentos, inclusive na reta final.
O ASA foi constante e escapou
com quatro rodadas de antecedência. A permanência alvinegra na Série B mostrou
que o time conseguiu muito para nossa realidade e pouco para o que o time
poderia render. Foi um campeonato de nível técnico muito baixo e só para se ter
uma ideia foi a pior pontuação do ASA em suas participações.
Já o CRB se perdeu
no caminho. Pagou pela quantidade de erros cometidos pela sua direção, que
contratou errado, tomou decisões erradas em momentos estratégicos e chegou a
sonhar com Série A, quando não tinha condição de sustentar na B. O resultado
foi doloroso: rebaixamento e volta a Série C.
Para o CSA o segundo semestre foi
um sonho. Apenas um sonho. O time passou com louvor na fase inicial da Série D.
Mas apresentava carências no elenco, enfrentou dificuldades de relacionamentos
entre direção e jogadores e mostrou ter um limite técnico, emocional e
financeiro. Parar no eficiente Campinense diante de um Rei Pelé lotado foi a
constatação da limitação azulina. Que venha 2013..cheio de expectativas...com
indagações a serem respondidas....com as surpresas que o futebol sempre nos
trás. Mas isso é assunto para o primeiro post do ano. Que venha 2013. Feliz Ano
Novo!