Sou novo no
meio de imprensa esportiva. Tenho pouco mais de um ano como radialista e cerca
de três anos escrevendo no meu blog. Mas desde cedo tenho um envolvimento com o
futebol. Aprendi com meu pai, pratiquei, fui dirigente, fiz curso de técnico,
enfim, me envolvi diretamente com o futebol. O contato com o futebol me trouxe
contato com vários cronistas esportivos, entre eles com Jurandir Costa. Ele era
diferente. Quando era dirigente do CSA, Jurandir me ligava antes das 7h da
manhã. Sempre falava que ainda com sono, diria coisas que mais tarde não
falaria. Também foi nesta época que Jurandir me apelidou de “Lonzinho”.
Passada
a fase dirigente comecei a conviver diariamente com Jurandir Costa nos dois
prefixos que trabalhamos juntos. Juju era generoso, sincero e extremamente
inteligente. Ao conhecer meu trabalho me disse que tinha jeito para o rádio,
que parecia já estar no rádio há muito tempo e falou com satisfação de
trabalhar ao meu lado. Olha só. Isso sou eu quem teria que dizer. Jurandir era
querido, polêmico, engraçado, amado, odiado, mas extremamente bem informado. É
duro mas hoje seu telefone não vai tocar. Não vou o ouvir dizer “me disseram”.
Quis o destino que nosso último contato fosse ontem ás 20h46.
O telefone tocou,
atendi e ele me perguntou o de sempre: Marlon e aí alguma novidade? Conversamos
por doze minutos, não imaginava que seria minha despedida deste mestre. E como
sempre, você disse “eu soube”, “me disseram”. Nunca esquecerei o tempo ao seu
lado. Obrigado, mesmo, do fundo do coração. Vai com Deus. Me disseram, mas eu já sabia: você vai fazer muita falta.
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