terça-feira, 6 de agosto de 2013

Um tributo a um mestre que aprendi a admirar


 

Sou novo no meio de imprensa esportiva. Tenho pouco mais de um ano como radialista e cerca de três anos escrevendo no meu blog. Mas desde cedo tenho um envolvimento com o futebol. Aprendi com meu pai, pratiquei, fui dirigente, fiz curso de técnico, enfim, me envolvi diretamente com o futebol. O contato com o futebol me trouxe contato com vários cronistas esportivos, entre eles com Jurandir Costa. Ele era diferente. Quando era dirigente do CSA, Jurandir me ligava antes das 7h da manhã. Sempre falava que ainda com sono, diria coisas que mais tarde não falaria. Também foi nesta época que Jurandir me apelidou de “Lonzinho”.
 

EU,JURANDIR COSTA E ELÍSIO

 Passada a fase dirigente comecei a conviver diariamente com Jurandir Costa nos dois prefixos que trabalhamos juntos. Juju era generoso, sincero e extremamente inteligente. Ao conhecer meu trabalho me disse que tinha jeito para o rádio, que parecia já estar no rádio há muito tempo e falou com satisfação de trabalhar ao meu lado. Olha só. Isso sou eu quem teria que dizer. Jurandir era querido, polêmico, engraçado, amado, odiado, mas extremamente bem informado. É duro mas hoje seu telefone não vai tocar. Não vou o ouvir dizer “me disseram”. Quis o destino que nosso último contato fosse ontem ás 20h46.
 O telefone tocou, atendi e ele me perguntou o de sempre: Marlon e aí alguma novidade? Conversamos por doze minutos, não imaginava que seria minha despedida deste mestre. E como sempre, você disse “eu soube”, “me disseram”. Nunca esquecerei o tempo ao seu lado. Obrigado, mesmo, do fundo do coração. Vai com Deus. Me disseram, mas eu já sabia: você vai fazer muita falta.

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