terça-feira, 26 de novembro de 2013

Não podemos tratar desiguais como iguais







O movimento Bom Senso Futebol Clube chegou ao país para marcar posição e exigir mudanças em aspectos importantes do futebol brasileiro. Mesmo concordando com a maioria das reivindicações sugeridas, entendo que o Bom Senso não pode ser estabelecido para o futebol brasileiro como um todo. As realidades são extremamente diferentes em condições de calendário, estrutura e objetivos. Enquanto pensarmos em Série A, Série B, Copa do Brasil, Libertadores e Sulamericana, estamos excluindo Série C, Série D e os estaduais dos pequenos estados da federação, entre eles, o nosso. Aqui em Alagoas o ideal seria que a competição estadual precisaria ter quatro meses de disputa – e olha que com o calendário apertado nos já reduzimos nossa competição há três meses –. O Bom Senso imagina que os estaduais sejam resumidos a uma competição com estilo Copa do Mundo e com apenas sete datas. Adotando as propostas do Bom Senso para todo país estaríamos violentando um mercado completamente diferente Neste mercado, por exemplo, estão jovens promessas que precisam de espaço em competições como os estaduais, estão jogadores maduros que só tem como opção de trabalho rodar na 1ª e na 2ª Divisão local e de estados vizinhos  e estão clubes que vivem do futebol por apenas de três a quatro meses no ano. Portanto chegou a hora de pensarmos até em criar outro grupo de liderança de jogadores dos estados não agraciados pelas propostas do Bom Senso F. C, assim como existia o Grupo dos 13 e o Futebol Brasil. Definitivamente o Bom Senso para lá não atende as necessidades de cá.